Em 10 jogos no ano, titulares do Grêmio sofrem 100% dos gols em bolas paradas

Tricolor sofreu sete tentos, sendo todos originados em lances como faltas, pênaltis ou escanteios

Apesar de ter saído dos três confrontos seguidos contra o Inter com duas vitórias e a classificação à semifinal do Gauchão, o Grêmio sabe que ainda tem problemas a corrigir. E os clássicos mostraram que os lances de bola parada precisarão da atenção especial de Renato Gaúcho. Afinal, até o momento, todos os gols sofridos pelo time considerado titular saíram desta forma (veja na tabela abaixo).

A equipe principal tricolor disputou 10 dos 16 jogos na temporada – os outros tiveram participação da transição, reservas ou misto. A defesa vazou pouco, é verdade. São apenas sete vezes que o goleiro Marcelo Grohe buscou a bola no fundo da rede. Em 100% dos casos, porém, os tentos foram originados de bola parada.

– É uma situação que incomoda todo time de futebol. A gente sabe que define muitos jogos pelas condições das equipes, muito próximas taticamente, fisicamente. Temos procurado evoluir. O professor Renato nos cobra bastante. Temos um sistema defensivo bem sólido. É trabalhar para reduzir ao máximo os erros – comenta Grohe.

Como foram os gols

Na estreia dos titulares no ano, o Grêmio acabou surpreendido pelo Cruzeiro-RS, na Arena, pela quinta rodada do estadual. De pênalti, Kayron garantiu o triunfo estrelado por 1 a 0. Na sétima rodada, novamente em casa, o Tricolor precisou virar o placar sobre o Brasil após levar o gol de Robério, que nasceu de uma cobrança de escanteio.

Na Recopa, contra o Independiente, Bruno Cortez marcou contra depois de falta cobrada para a área no empate em 1 a 1, no primeiro jogo. Na Libertadores, no 1 a 1 com o Defensor, Maulella decretou nova igualdade ao completar de cabeça em lance de escanteio.

Por fim, os Gre-Nais evidenciaram ainda mais o problema. Na vitória do Grêmio por 2 a 1 no Beira-Rio, no encerramento da primeira fase do Gauchão, Rodrigo Dourado acertou cabeceio ao receber cruzamento de D’Alessandro. Na última quarta, na decisão da vaga à semifinal, a vitória colorada por 2 a 0 saiu de um pênalti convertido por Nico López – após Bressan agarrar Rodrigo Moledo em lance de escanteio – e de uma falta batida por D’Alessandro.

Cabe ressaltar que Marcelo Grohe salvou o time duas vezes no Gre-Nal da Arena, vencido pelo Tricolor por 3 a 0, em duas jogadas de bola parada. Em ambas, Rodrigo Dourado foi o algoz, com um cabeceio no primeiro tempo e uma finalização à queima-roupa no segundo. Mesmo assim, o comandante acredita que o time não tem pecado defensivamente.

– Aonde o Grêmio tomou gol de cabeça? Uma hora ou outra, uma coisa vai acontecer. Enfrentamos uma equipe alta e tem um jogador que bate na bola como poucos no Brasil, que é o D’Alessandro. Tivemos um erro infantil no pênalti. Depois, fizeram outro gol de bola parada. E a jogada do Internacional era a bola aérea. Com bola rolando, quais foram as oportunidades que tiveram? – retrucou Renato.

O problema do Grêmio em bolas paradas não chega a ser algo recente. Para se ter uma ideia, o último gol sofrido pelos titulares com bola rolando aconteceu em 12 de novembro, no empate em 1 a 1 diante do Vitória em 2017, com gol do lateral Patrick, em posição duvidosa. Após essa partida, o o time principal tricolor sofreu um gol do Lanús, de pênalti na decisão da Libertadores, e contra o Real Madrid, em cobrança de falta de Cristiano Ronaldo na decisão do Mundial de Clubes.

O Grêmio volta a treinar na tarde desta sexta-feira e na manhã de sábado antes de viajar para Santa Cruz do Sul. Depois de eliminar o Inter nas quartas de final, o adversário da semi será o Avenida. A primeira partida está marcada para as 16h de domingo, no Estádio dos Eucaliptos.

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