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Marinho reduz gols na China, mas volta ao Brasil com mesma moral; confira números

Conforme relatos, meia-atacante era querido no Changchun Yatai e volta ao Brasil melhor taticamente



Marinho desembarcou na capital gaúcha na noite de quarta-feira e será apresentado oficialmente nesta sexta pelo Grêmio. Destaque do Vitória no Brasileirão de 2016, o meia-atacante de 28 anos deixou o Brasil como um dos mais cobiçados jogadores do país. Chega, com números menores e poucos gols na China, mas com a mesma moral.

Com a camisa rubro-negra, balançou as redes 21 vezes em 43 partidas, média de 0,48 gols por partida. Inclusive, foi o artilheiro da Copa do Brasil de 2016, quando esteve na mira do próprio Grêmio antes de ir para o Changchun Yatai. No Oriente, foram três gols em 22 jogos, uma queda brusca para 0,13 na média.

As mudanças nas regras para estrangeiros complicaram a passagem de Marinho por lá. Ocorreu um revezamento por parte do treinador, com trocas nos estrangeiros utilizados, o que impediu uma sequência maior. Além disso, os números mais modestos na China não diminuíram a procura. Foram quatro outros clubes a tentar a sua contratação.

- A passagem dele pela China foi boa. Sempre que jogou, foi bem, demonstrando as mesmas valências que o levaram a se destacar no Vitória. Acabou sendo prejudicado pela mudança da lei que aconteceu quando ele chegou lá, quando uma vaga para estrangeiro foi diminuída. É um excelente profissional que sempre se dedica muito. Além disso, uma pessoa incrível, alto astral sempre. Os chineses adoravam ele, colegas, comissão técnica e a direção do clube - relata o empresário Ricardo Mello, da Pecbol, representante do Yatai na negociação com o Grêmio.

Outro a acompanhar de perto a passagem pelo futebol chinês é Gabriel Freitas, que presta serviços a atletas, técnicos e empresas de mídia chinesas, além de ter um seminário no Brasil para falar das tendências, mudanças e regras do futebol no país asiático. Para ele, Marinho também teve bom desempenho por lá.

- Vejo a passagem do Marinho como muito positiva. O novo técnico chinês tinha suas particularidades, às vezes colocava o Marinho fora de posição, fazia um rodízio com os estrangeiros. Deixou o jogador um tempo sem jogar e o time foi ladeira abaixo. No final do campeonato do ano passado, com grande risco de rebaixamento, ele lançou novamente o Marinho na posição de origem e o cara jogou muito bem, carregou o time, junto com o nigeriano Odion Ighalo, com boas atuações, gol, assistência e muita aplicação tática, acompanhando lateral, fechando no meio. Ele aprendeu a jogar num time que prezava posicionamento defensivo e poder de marcação. Então, taticamente, cresceu bastante - afirmou Freitas ao GloboEsporte.com.

A proposta do Grêmio não foi nem a maior, mas Marinho escolheu o Tricolor para seu retorno ao Brasil. Pedido por Renato, voltará a trabalhar com o treinador – ambos estiveram juntos no Fluminense, em 2008, então com 18 anos.

Na Copa do Brasil vencida pelo Grêmio, em 2016, Marinho esteve "presente" na final. Torcedores gremistas levaram uma camisa do Vitória com o seu nome nas costas para a final na Arena, contra o Atlético-MG.

Naquela oportunidade, chegou a fazer uma postagem nas redes sociais agradecendo pelo apoio. Afinal, ele fora decisivo para garantir a permanência do Vitória na Série A em duelo direto contra o Inter, seu ex-clube e hoje rival.

Marinho desembarcou após mais de 17 horas de viagem com a família e carregado de malas na noite de quarta-feira. Garantiu, em contato rápido com a imprensa, estar bem fisicamente, embora ainda não tenha conversado com Renato Portaluppi.

O investimento de US$ 2,5 milhões (R$ 9 milhões) foi justificado para aumentar o poder de fogo das opções do ataque com atrevimento, drible e finalização de média distância – características que servirão para furar retrancas.

- É uma excelente contratação, a gente sabe da qualidade do Marinho, estava um tempo fora, podendo retornar, vai ser muito feliz aqui. Um jogador com característica de furar a defesa adversária, rápido, de habilidade, sempre faz algo a mais. Isso é essencial para desmontar um esquema tático, não é previsível, surpreende nas jogadas. Vai chegar para acrescentar muito ao nosso grupo - elogia Marcelo Oliveira, após o treino de quinta-feira.

Rodagem no futebol
Pelo Fluminense, em 2008, o meia-atacante atuou no Carioca, Brasileirão e inclusive foi opção na Libertadores - estava no banco na semifinal contra o Boca Juniors -, mas deixou o clube por conta de um desacerto na renovação. Acabou justamente no Inter.

Pouco utilizado no Colorado, o atleta de 28 anos foi constantemente emprestado até se destacar no Ceará, em 2014. Chamou atenção do Cruzeiro, embora não tenha se firmado em Minas Gerais. Atingiu seu auge em 2016, quando vestiu a camisa do Vitória.


Mas a história de Marinho ainda viria a cruzar com o Inter mais uma vez. Em 2016, o Vitória do meia-atacante brigava diretamente com os colorados contra o rebaixamento no Brasileirão. Nos duelos diretos, anotou o gol da vitória no Barradão e cobrou a falta para o gol de Kanu, no 1 a 0, no Beira-Rio. Além de ser o principal expoente rubro-negro naquela campanha na permanência na Série A.

Pelo Leão baiano, o jogador marcou 21 gols em 43 jogos – 12 deles pelo Brasileirão. Entre 2017 e 2018, a média despencou na China. Foram apenas três bolas na rede em 23 partidas. Agora, retorna ao Brasil para recuperar o alto nível de dois anos atrás. E nada melhor que estar ao lado de Renato, famoso pelo potencial para recuperar jogadores.






GLOBOESPORTE.  Disponível em:<https://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/gremio/noticia/marinho-reduz-gols-na-china-mas-volta-ao-brasil-com-mesma-moral-confira-numeros.ghtml>

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